O que Alckmin deveria fazer para passar ao 2o turno

Pelo que pude perceber até o momento, os motivos pelos quais um eleitor escolhe Bolsonaro são os seguintes (não necessariamente nesta ordem):

  1. É o candidato que vai fazer uma “limpeza” na política do País
  2. É o único candidato que verdadeiramente encarna o anti-petismo
  3. É um candidato que tem ideias liberais para a economia
  4. É um candidato que tem ideias conservadoras nos costumes

Por outro lado, os motivos pelos quais os atuais eleitores de Bolsonaro talvez mudassem de voto são os seguintes (o “apesar de” das declarações de apoio ao candidato):

  1. Falta de experiência
  2. Isolamento político

Alckmin somente conseguirá passar ao 2o turno se contar com os votos úteis de outros nanicos E roubar votos de Bolsonaro. Caso contrário, não ultrapassará Haddad.

O voto útil pode até acontecer, mas não sem antes o tucano roubar votos do ex-capitão. Ninguém vai votar útil em um perdedor.

Pois bem. Para roubar votos de Bolsonaro, Alckmin precisaria mostrar que tem pelo menos um dos quatro requisitos que fazem hoje a preferência por Bolsonaro chegar a quase 30%, combinado com os requisitos que fazem alguns de seus eleitores ficarem com a pulga atrás da orelha.

Daqueles quatro requisitos, três, em tese, estão ao alcance do ex-governador: o anti-petismo, o liberalismo e o conservadorismo.

Pois bem.

A tática usada hoje pelo candidato do PSDB não reforça nenhum desses itens. Pelo contrário, sabota-os.

Ao se colocar como “a alternativa moderada”, batendo tanto em Bolsonaro quanto no PT, a bandeira do anti-petismo se dilui. Na verdade, fica parecendo uma bandeira de “anti-extremismo”, muito ao gosto de certa intelectualidade, mas longe do que o mercado eleitoral quer hoje. O pessoal está com sangue na boca, dos dois lados da trincheira. Quem fica no meio, como Alckmin e Marina, leva chumbo dos dois lados.

Com relação ao conservadorismo, a mensagem que Alckmin passa ao usar imagens de Maria do Rosário para atacar o candidato do PSL é de que o tucano apoia as pautas da moça. Aliás, insistir no tratamento que Bolsonaro dispensa às mulheres é, no mínimo inócuo, quando não contraproducente. Inócuo porque é encarado como “mimimi” pelo eleitor de Bolsonaro (observe que não coloquei o tratamento dado a mulheres e minorias como um “apesar de” da candidatura do ex-capitão). Contra-producente porque identifica Alckmin com a pauta “progressista” nos costumes e, no limite, com o petismo, o que enfraquece o posicionamento do candidato.

Por fim, resta o liberalismo. Para se destacar neste item, Alckmin, no mínimo, deveria dizer que iria privatizar a Petrobras, para pelo menos empatar com o liberalismo selvagem de Paulo Guedes. Mas seu economista já disse que a Petrossauro é uma empresa simbólica. Mais um item, na cabeça do Bolsonarista, a identificar o tucano com o PT. E não adianta dizer que no passado Bolsonaro defendia isso ou aquilo, que não dá para confiar no Posto Ipiranga, etc. O eleitor de Bolsonaro está tão sedento por qualquer gota de liberalismo, que abraça a primeira estória que lhe contam. E Paulo Guedes cumpre bem esse papel.

O que deveria fazer Alckmin, se é que dá tempo de fazer alguma coisa. Três coisas:

  1. Mostrar-se tão anti-petista quanto Bolsonaro
  2. Mostrar-se tão liberal na economia quanto Bolsonaro e
  3. Mostrar-se tão conservador nos costumes quanto Bolsonaro (e ser conservador não significa atacar minorias e mulheres, que fique bem claro).

Se Alckmin conseguisse passar ao menos duas dessas três mensagens, talvez (talvez) os pontos negativos do ex-capitão (aqueles que estão na cabeça dos Bolsonaristas) pudessem começar a pesar.

Mas, pelo visto, não vai acontecer.

Análise da pesquisa Ibope

Ibope mostrando, grosso modo, o que já havia sido mostrado pelo levantamento da última pesquisa do BTG Pactual: Bolsonaro e Haddad subindo, Ciro estável e o resto caindo.

Vejamos o que aconteceu nos campos da “direita” x “esquerda” nas últimas 4 pesquisas Ibope, incluindo esta. Lembrando que “direita” é Bolsonaro, Alckmin, Amoêdo, Álvaro, Meirelles, Daciolo e Eymael, enquanto “esquerda” é Haddad, Ciro, Marina, Boulos, Vera e Goulart. Sempre em percentual dos votos válidos.

20/08: Direita 47,9 x 39,4 Esquerda (indecisos 12,7)

05/09: Direita 49,4 x 41,8 Esquerda (indecisos 8,9)

11/09: Direita 55,6 x 35,8 Esquerda (indecisos 8,6)

18/09: Direita 48,8 x 41,9 Esquerda (indecisos 9,3)

Ao contrário do DataFolha, que vem mostrando uma maior estabilidade nesta relação, a pesquisa do Ibope mostrou um crescimento da “direita” bastante significativo na pesquisa de 11/09, para voltar ao “normal” na pesquisa de hoje.

Esta “corcova” do dia 11/09 foi causada pela queda de Marina Silva e aumento das intenções de voto em Bolsonaro logo depois do atentado. O que aconteceu nesta última pesquisa foi que Bolsonaro ficou praticamente parado (em termos de votos válidos), enquanto Haddad recapturou os votos de Marina Silva, além dos votos de Vera Lúcia, Goulart e Boulos, que não pontuaram nessa pesquisa, e até de Ciro, que caiu 1 ponto em termos de votos válidos. Ou seja, Haddad vem concentrando os “votos úteis” da esquerda. Se essa tendência se consolidar, será muito difícil tirá-lo do 2o turno.

Por outro lado, os votos da “direita” parecem ser suficientes para eleger Bolsonaro. Caso, claro, os votos de Alckmin, Amoêdo, Meirelles e Álvaro migrem para o ex-capitão. O que está longe de ser garantido.

Faltam 19 dias para as eleições. Uma eternidade.

Como você prefere morrer?

Está bem legal ver essa competição entre os anti-Bolsonaro e os anti-petistas.

Vejam, não me refiro aos bolsonaristas de 1a hora ou aos petistas (ou lulistas) de carteirinha. Estes têm convicção no seu voto.

Estou me referindo ao “grande centro”, que na verdade vem se mostrando pequeno, e que não concebem o país sob o domínio de nenhum desses dois lados.

Mas, dado que só dois passam para o 2o turno, e a possibilidade crescente de que Bolsonaro e o candidato de Lula sejam esses dois, os centristas do Partido do Bom Senso buscam, no fundo de suas almas, forças para votar em um dos dois.

É como escolher de que morte se prefere morrer.

O preconceito do bem e o preconceito do mal

Houve (mais) um frisson, por parte do Brasil bem-pensante, com as declarações de Mourão.

Desta vez, o vice dEle ousou ligar a pobreza ao narcotráfico.

Bem, Mourão não inovou na área. “Especialistas”, intelectuais e imprensa vêm, há anos, ligando a pobreza ao crime, ao afirmar que o problema da marginalidade está na falta de educação e de oportunidades aos jovens. Ora, quem não tem educação e oportunidades? Os ricos é que não são, não é mesmo?

Mourão está sendo taxado de preconceituoso ao dizer exatamente a mesma coisa. Ora, por que? Simples: Mourão não pertence à Igreja da esquerda. Então, tudo o que ele diz é preconceituoso, simples assim.

Mais de uma vez escrevi aqui que essa visão embute um preconceito atroz. A grandessíssima maioria dos mais pobres é honesta, enquanto há muito rico sem-vergonha por aí. A fala de Mourão, portanto, é preconceituosa sim, assim como a visão classista da esquerda.

Mas há um detalhe interessante, e que talvez seja a origem do mal-estar com a fala de Mourão por parte dos bem-pensantes.

Mourão não culpa apenas a pobreza. Culpa também as famílias desestruturadas pela violência.

Para a esquerda, não existem famílias desestruturadas. Existem apenas “estruturas familiares alternativas”. Então, quando Mourão diz que uma criança que cresce sem o pai tem maior propensão ao crime, o escândalo está instalado.

Não sou antropólogo para dar palpite nessa seara. Mas parece-me (só parece-me) que a família faz parte sim da natureza humana. Ao contrário da riqueza ou da pobreza, que são circunstâncias externas, o núcleo familiar não é dispensável na formação do caráter de uma pessoa. Para o bem ou para o mal. Então, parece-me que Mourão tocou em um ponto relevante.

Tendo dito isso, não conheço estudos científicos que comprovem a causalidade entre famílias sem pai e crime. Não estou dizendo que não existam, estou apenas confessando minha ignorância. Talvez Mourão tenha acesso a pesquisas desse tipo. Senão, é mais um chute com base no “bom-senso”. O mesmo que guia os preconceitos das esquerdas.

Quem é o “ele” no #elenão?

Estou chegando agora. Quem é o “ele” no #EleNão?

PS.: eu sei que é o Bolsonaro. Só gostaria de entender por que a hashtag não é #BolsonaroNão. Esse “ele” parece colocar o sujeito em um patamar superior a todos os outros. Basta se referir a “ele”, que todos sabem que “ele” é o Bolsonaro. Como o chefão que todos temem, e ninguém se atreve a sequer citar o nome. Ou, como em Harry Potter, o mal que não se podia nominar, no caso, Voldmort.

Ao destacar Bolsonaro dessa maneira, um simples candidato é alçado à categoria de semi-divindade. Ou se adora, ou se odeia, não há meio-termo.

Enfim, uma bobagem.

Para mim, o “ele” é Haddad, o “ele” é Lula. Mas eu prefiro tratá-los como seres humanos que são: #HaddadNão, #LulaNão, #PTdenovoNão.

Muito preocupado

De minha parte, estou muito mais preocupado com um país governado de dentro de um presídio.

Nesta hora, a “paranoia” parece estar mais do lado de quem teme um golpe militar.

Aliás, se tem uma coisa que a história mostra, é que os golpes servem para tirar opositores do poder. Nesse sentido, a eleição do PT tornaria a tese de um golpe militar mais verossímil.

O único que aplicou um “auto-golpe” foi Getúlio Vargas, em 1937. Sim, Getúlio, o queridinho do Lula e das esquerdas.

A mensagem da cama do hospital

Jair Bolsonaro acaba de fazer uma “live” da cama do hospital.

Foram 20 minutos aproximadamente. 5 minutos dedicados a agradecimentos. Os outros 15, ao assunto principal da “live”.

E qual foi este assunto principal? O que você falaria se fosse o candidato líder das pesquisas, e virtualmente classificado para o 2o turno? Qual seria o seu posicionamento tático, desde a cama de um hospital, recuperando-se de um atentado?

Fiz este exercício antes de assistir. O que eu falaria neste momento único? Acho que adotaria um tom mais emotivo, de união de todos os brasileiros em torno dos desafios à frente. Procuraria falar como um estadista, pronto para assumir a Presidência. Começaria, enfim, a jogar o jogo do 2o turno.

Mas Bolsonaro resolveu usar os 15 minutos mais importantes de sua campanha no 1o turno denunciando a possibilidade de fraude nas eleições, em função das alegadas vulnerabilidades das urnas eletrônicas.

Se ele tomou essa decisão, é porque ele acha esse assunto o mais importante de sua campanha neste momento. Ele avalia que, em eleições limpas, ele já ganhou. Por isso, sua campanha, agora, é apenas para que as eleições sejam limpas.

No entanto, as urnas eletrônicas são o que são. Uma vez que não haverá o voto impresso, o que, em tese, permitiria uma auditoria independente, não existe campanha que as “limpe” mais do que elas são limpas hoje. Portanto, estes 15 minutos só serviram, de fato, para contestar a legitimidade das eleições.

É o equivalente ao que o PT vem fazendo, dizendo que “eleição, sem Lula, é fraude”.

Qualquer que seja o resultado, está se armando uma grave crise institucional. Os mais pessimistas dirão que a crise já está instalada, e estamos anestesiados pela “festa” eleitoral. Passada a festa, virá a ressaca da ilegitimidade do próximo eleito.

A tempestade está se formando, não se dissipando.

Certos devem estar os gênios do PSDB

Claro que esta análise está completamente errada. Certos devem estar os gênios políticos do PSDB. As pesquisas mostram isso. (da página de Gabriel Rostey)


Até hoje vi poucas coisas mais erradas do que esta campanha do Alckmin em 2018.

Depois da grande conquista do “Centrão”, que garantiu ao candidato quase metade do tempo de TV, em paralelo ao isolamento que o PT impôs a Ciro, o ex-governador de São Paulo estava em excelentes condições para decolar.

Mas, com o início da campanha, qual foi a tática adotada? Bater unicamente em Bolsonaro, sem dó, para isso usando uma pauta tradicionalmente “de esquerda” (machismo/misoginia), lançando mão de um vídeo editado de maneira absolutamente parcial para fazer da petista Maria do Rosário (reconhecida como “Maria do Presidiário” por boa parte do eleitorado simpático a Alckmin, em função de seus exageros na proteção a criminosos) uma mera vítima do “Bolsonazi”.

Ok, consigo entender que o raciocínio fosse o de bater no Bolsonaro para ver se ele, que vinha tomando grande parte do eleitorado tradicional do PSDB, desidratava e transferia votos naturalmente para Alckmin. Mas não consigo entender que tenha atacado só o Bolsonaro – com o agravante que a disputa do tucano nunca foi diretamente contra o capitão do exército, e sim com Ciro, Marina e Haddad, que passaram toda essa fase sem ataques diretos. Afinal, para que servia tanto tempo de TV?

Porém, ainda pior do que atacar um adversário indireto e poupar os diretos, o pecado capital da campanha foi a falha de posicionamento. Ao bater sem dó no candidato mais associado ao “anti-petismo” e deixar livres, leves e soltos os concorrentes associados à “esquerda”, Alckmin passou mais uma vez a sensação de ficar em cima do muro e não marcar posição. Foi quase como vestir novamente a jaquetinha da Petrobrás para negar qualquer intenção de privatizá-la, como fez em 2006, pautando-se pelos adversários. Ter utilizado um tema sensível à esquerda, corroborando o vitimismo de Maria do Rosário, é só um agravante e mais.

Não bastasse isso, oportunisticamente Alckmin chamou Temer de “ilegítimo”, fortalecendo assim a “tese do Golpe”, defendida pela esquerda e combatida pela maior parte do país (justamente a que admite votar no PSDB, aliás).

Então veio o atentado a Bolsonaro e Alckmin teve que parar os ataques. Ciro cresceu, Haddad foi lançado oficialmente como candidato, Marina despencou e está bem claro quais são seus adversários.

Bolsonaro vem em crescimento constante e as pesquisas apontam que tem os eleitores mais convictos. Alckmin e Marina resolveram investir na “questão de gênero” contra o candidato do PSL, e o resultado é que ele se tornou o líder entre as mulheres, chegando à votação de Alckmin e Marina somados. Mesmo assim, vi a repórter Andréia Sadi dizer que o PSDB voltará à carga com as inserções para classificar Bolsonaro como machista e misógino. Ou seja, como Dilma, dobrará a aposta.

Entrementes, Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, deu uma entrevista elencando uma série de “erros” do partido, quase todos se arrependendo da oposição ao PT/apoio ao sucessor do PT. Como resultado, sua entrevista serviu de munição a Fernando Haddad na entrevista para o Jornal Nacional.

Depois de tudo isso, ainda vejo gente perguntando o porquê de Bolsonaro, e não Alckmin, capturar o voto anti-PT.

Entendo que Alckmin ainda tem tempo para mudar essa história. Há uma grande reserva de “votos úteis potenciais” ao tucano que hoje vão para João Amoêdo, Henrique Meirelles e Álvaro Dias. Eleitores de Marina também podem migrar para Alckmin, se ele demonstrar condições de ir para o segundo turno. Apesar de tantos ataques, até mesmo eleitores de Bolsonaro, caso notem a impossibilidade de vitória do “Mito” no primeiro turno, e a viabilidade de Alckmin superar Haddad e Ciro no primeiro turno, podem realizar voto útil no Geraldo.

Para isso é importante não queimar a ponte com a “direita”. Bolsonaro já está no segundo turno, jamais deve ser o alvo preferencial de Alckmin agora. É fundamental voltar a marcar posição anti-PT e, principalmente, ocupar a posição de “centro”, empurrando Ciro para a esquerda. O candidato do PDT, esperto que é, certamente tentará posar como a “única alternativa democrática ao extremismo de Bolsonaro e Haddad”. Para isso, está em condições muito melhores do que as de Geraldo, afinal, está à frente nas pesquisas e é ele quem bate todos os concorrentes no segundo turno. No momento, é ele o maior adversário tático de Alckmin.

Portanto, é fundamental mostrar que Ciro não tem nada de “alternativa democrática”. Alckmin tem tempo suficiente para mostrar como Ciro apoia a Ditadura Venezuelana; como disse que “receberia a turma de Moro à bala”; como foi racista ao chamar Fernando Holiday de “capitãozinho do mato”; como deu declarações ofensivas a homosexuais, sobre João Doria; como foi machista ao falar sobre Patrícia Pilar; como é populista e irresponsável em sua proposta do SPC; como mente compulsivamente negando o que já disse; como coleciona inimigos e desafia instituições; como não tem postura nem respeito ao dizer que “Lula é um merda” etc.

Caso contrário, estou seguro de que o que restará a Alckmin e seus eleitores é seguir reclamando do que classificam como “irresponsabilidade” de Amoêdo, Meirelles, Dias, e seus eleitores, por, supostamente, “colocarem em risco o futuro do país em vez de votarem no Geraldo”, como se tucanos fossem investidos de uma majestade eleitoral que impusesse reverência automática de seus adversários, tendo ou não votos para isso. Do alto de suas autoridades, não se apercebem de que cobram essa “adesão patriótica” enquanto estão em vias de se tornarem o “impertinente nanico que atrapalha a vitória de Bolsonaro no primeiro turno e permitirá que o país caia nas trevas do PT no segundo turno” para grande parte do eleitorado.

Enfim, talvez seja cobrar muita lógica de quem tem se dedicado a “desconstruir” o candidato já garantido no segundo turno, sob a alegação de que ele perderá para o segundo colocado -que está longe de estar garantido no segundo turno- atuando assim para que sua “ameaça” torne-se verdadeira, em vez de partir para o confronto direto, enfraquecer o segundo colocado e assim se credenciar ao segundo turno. Algo na linha “deixe de votar no candidato já garantido no segundo turno, para votar no que não deve ir, senão o que estamos ajudando a ir vai acabar ganhando”, numa espécie de profecia auto-realizável…