O Brasil é o país onde o empresário é liberal nos lucros e socialista nos prejuízos.
Oportunista como todos os outros
Geraldo Alckmin, em entrevista ontem ao Estadão, afirma que Temer não tem “a legitimidade do voto”. Portanto, não vai defender o seu legado.
Quando o PSDB entrou de cabeça no governo Itamar Franco e patrocinou o Plano Real, ninguém pensou na “legitimidade do voto”. Surfaram gostosamente a onda da popularidade.
Este era o momento de abraçar a única agenda que estava nos tirando do buraco. Mas Alckmin se mostra tão oportunista quanto todos os outros. Desse jeito, vai perder os poucos votos que tem, como aconteceu no 2o turno de 2006.
Mão na consciência
Já imaginou um presidente despreparado ou doido, como o Bolsonaro ou o Ciro, diante de uma greve dos caminhoneiros? Seria capaz de fazer coisas malucas e sem sentido, como tabelar o frete e baixar o preço do diesel por decreto. Enfim, um horror, espero que o brasileiro ponha a mão na consciência.
O setor elétrico do governo Temer
Frete tabelado.
Fiscalização de preços nos postos de gasolina.
ANP impondo periodicidade de reajuste de preços à Petrobras.
O governo Dilma desorganizou o setor elétrico ao intervir no sistema de preços, e vamos pagar a conta ainda por muito tempo.
O setor de combustíveis é o setor elétrico do governo Temer.
Agora não falta mais
Só faltava uma coisa para o governo Temer ser igual ao governo Sarney: fiscalizar e multar quem não respeitar preço tabelado.
Agora não falta mais.
Tentando encontrar o rumo
Essa seleção do Tite está que nem o governo Temer: começou com tudo, teve conquistas importantes, mas foi perdendo o ímpeto e hoje está tentando encontrar o rumo.
Nada igual
Não tem nada igual a manchete de jornal popular.
Nada.
Bananão
O governo anunciou ações contra os caminhoneiros que bloqueiam estradas, se não me engano, na sexta passada. Depois de duas rodadas adicionais de concessões, o governo anuncia que “pode agir” contra os motoristas que bloqueiam as estradas.
Temer é um bananão.
A falta de legitimidade de Temer
Leio aqui e acolá que ao governo Temer falta legitimidade, por não ter sido eleito pelo voto, mas ter chegado ao Planalto por meio de um impeachment. E isso não de petistas, mas de analistas ditos isentos, inclusive no mercado financeiro.
Itamar Franco também assumiu o governo por meio de um impeachment. Isto não lhe tirou legitimidade para que patrocinasse o Plano Real, a maior transformação institucional do Brasil no pós-guerra.
Qual a diferença?
Em primeiro lugar, a narrativa. Em 1992, a esquerda ajudou a derrubar o presidente. Em 2016, foi ela a ser apeada do poder. Como a esquerda domina a narrativa no mundo da cultura, nas universidades e na mídia, colou essa história de “golpe”.
Mas este não é o motivo principal.
Em 1992, Itamar não estava metido nas falcatruas de Collor. Era visto como um político honesto. Em 2016, pelo contrário, Temer é visto como parte da quadrilha que assaltou a República. Este é, de longe, o principal motivo de seu déficit de legitimidade.
O impeachment é um processo legítimo, feito dentro dos ditames constitucionais, tanto em 1992 quanto hoje. Achincalhar este instituto atenta contra a democracia e o Estado de Direito. Atribuir a falta de legitimidade de Temer ao impeachment só serve para proteger o bando que se apossou da Praça dos 3 Poderes.
O poder de parar o País
Temer acaba de anunciar o fim do PIS/Cofins sobre o diesel.
Não consigo ser contra a redução de impostos.
Mas como a contrapartida NÃO SERÁ a redução de despesas, lamento informar que ALGUÉM vai subsidiar o diesel.
Provavelmente, alguém que não tenha o poder de parar o País.