A linguagem é religiosa.
Assumiram de vez a condição de seita.
Apenas um repositório de ideias aleatórias
A linguagem é religiosa.
Assumiram de vez a condição de seita.
Lula e Dilma generosamente se dispõem a perdoar quem bateu panelas e defendeu o “golpe”.
Fiquei pensando: eu deveria pedir perdão pelo que?
Pela inflação ter caído de 11% para 3%?
Pelos juros terem caído de 14% para 7%?
Pelo fim do imposto sindical?
Pela flexibilização dessa excrescência autoritária chamada CLT?
Pela privatização da Eletrobrás?
Está difícil, me ajudem. Não consigo pensar em nada pelo qual eu devesse pedir o perdão de tão magnânimas figuras.
Meus sentimentos se dividem entre o alívio de não ser perseguido, a gratidão por não ser alvo de vingança e a ansiedade pelo reencontro com Dilma e o PT.
Aquarius estreia hoje nos cinemas.
Acho que Sonia Braga não gostaria de ver golpista assistindo ao seu filme.
Vou poupa-la deste constrangimento.
Há um site, chamado Mapa da Democracia, que faz um levantamento dos deputados contra e a favor do impeachment. Até aí, nade demais. Não fosse pelo fato de chamar os deputados contra de “democratas” e os a favor de “golpistas”. E mais: abaixo do termo golpista, vem a frase preferida da esquerda psicótica: “A História os julgará!”
Já se disse, com razão, que a história é contada pelos vencedores. No caso, será contada pelos professores de história do complexo PUCUSP, que escrevem os livros didáticos que nossos filhos usam tanto nas escolas públicas quanto nos colégios pagos a peso de ouro. Esses professores são o fruto do trabalho dos vencedores, aqueles que conseguiram manter a doutrina esquerdóide viva, mesmo durante os piores momentos da ditadura militar.
E o que nos contam esses professores?
– Que guerrilheiros como Dilma queriam a implantação de uma democracia no Brasil quando lutavam contra a ditadura militar
– Que Cuba e Venezuela são exemplos de democracia
– Que as privatizações fizeram muito mal ao Brasil
– Que todos os males da humanidade são causados por empresários gananciosos
– Que os EUA são os responsáveis pela pobreza na América Latina
– Que FHC era um vendido ao Consenso de Washington, que só quer tirar direitos dos trabalhadores
– E uma longa lista de etceteras – todos exemplos reais
O que estará nos livros dos nossos filhos daqui a 20 anos? Claro, que a deposição constitucional de Dilma foi um golpe de estado. Conforme-se: enquanto você achar que depositar um voto em uma urna a cada dois anos é o máximo que você pode fazer para mudar isso, é o que vai acontecer.
O maior partido de oposição ter abraçado a tese do impeachment somente DEPOIS do maior aliado do governo ter desembarcado diz muito sobre como chegamos ao ponto em que chegamos.
O pessoal do cerimonial do Planalto deve estar contando as horas pra essa votação do impeachment. Não devem estar aguentando mais preparar evento “não vai ter golpe”.
Esqueçam tudo.
Distribuição de cargos, racha do PMDB, antecipação de eleições, impeachment do Temer. Nada disso importa.
A única coisa que realmente importa é o destino de Lula, a ser decidido pelo STF na semana que vem. Ele é o pau que segura a lona do circo.
Agora, “democratas” querem antecipar as eleições. Parece uma solução, mas é só um golpe nas instituições. O impeachment está previsto na Constituição, teve o seu rito confirmado pelo STF e tudo mais. Novas eleições não estão previstas na Constituição, seria preciso modificá-la. A pergunta é: por que modificar a Constituição se já existe um dispositivo constitucional para lidar com a crise? A isto chamo de oportunismo, para não dar o nome de golpe.
Aliados do PT têm defendido essa tese. O que mostra que se trata de uma bomba de fumaça, para dispersar o esforço pro-impeachment. Depois da votação, esse assunto morre.
O primeiro ministro da Islândia renunciou. Não aguentou dois dias de protestos.
Principiante.