O que prevalecerá: o leilão de cargos ou a vontade do povo?
Defendendo o indefensável
Apenas para lembrar, é isto que o Ministro Nelson tentou defender hoje.
Diferença de intensidade
Ministro Nelson continua insistindo que a única diferença entre dar um beliscão e metralhar uma pessoa é de intensidade.
Discurso político na arena política
Nas eleições de 2014, houve um debate entre Guido Mantega e Armínio Fraga. Apesar de Fraga sabidamente ser muito mais preparado, Mantega saiu-se muito melhor. Por que? Porque Armínio foi preparado para um debate técnico, enquanto Mantega disputou na arena política. Resultado: jantou o Armínio com farinha.
Reali Junior e Janaína Paschoal foram brilhantes hoje na Comissão do Impeachment. Foram brilhantes porque decidiram fazer um discurso político, não técnico. Claro, deixaram claro todo o embasamento jurídico do pedido de impeachment, mas não perderam muito tempo com isso. Enfatizaram os efeitos dos crimes de responsabilidade sobre a vida do povo. Janaína foi especialmente feliz quando citou o quase fim do FIES. E quando ligou o Petrolão às pedaladas, algo não muito preciso tecnicamente, mas perfeito politicamente.
Os dois mereceram 10 minutos de Jornal Nacional, com direito a comentários favoráveis dos âncoras.
Os verdadeiros golpistas
O PT é golpista. Dilma é golpista.
Ao querer cassar do Congresso a sua prerrogativa constitucional de votar pelo impeachment, o PT e Dilma atentam contra a ordem constitucional.
Substituir o Congresso por outras instâncias de decisão tem um nome: golpe.
Alguma dúvida?
Alguma dúvida sobre os benefícios do impeachment?
Música para os ouvidos
Depois de mais de 5 anos dos discursos sem pé nem cabeça da presidenta, ouvir Temer falando é música para os ouvidos.
Pensamento do dia
Pensamento do dia: se até o FHC está a favor do impeachment, então não falta mais ninguém.
Dois coelhos
Opa, aí vi vantagem! Matamos dois coelhos com um impeachment só!
A provável votação pelo impeachment
Em 1992, fizemos um bolão no escritório sobre o número de deputados que iriam votar a favor do impeachment do Collor. No final, foram 441 votos. Eu havia chutado 400 e ganhei, pois o meu número havia sido o maior. Meu raciocínio foi o seguinte: como o voto é aberto, nenhum deputado do centro quer ficar mal com o novo governo. Assim, na medida em que a votação avança, e mesmo antes, os indecisos vão pendendo para a maioria. No final, votam contra apenas aqueles do núcleo duro em torno do presidente. Teve até deputado que reformou o seu voto após a votação, para não ficar mal. Este ano tem a votação no Senado, mas o raciocínio é o mesmo.
Considerando que PT e seus satélites somam menos de 100 deputados, é possível que o total de votos pelo impeachment ultrapasse novamente 400.