Temer nomeou uma diretoria do BC decente, que nos entregou a menor inflação em 20 anos.
Um grande ano, que Temer joga no lixo ao assinar o tal do indulto natalino, diminuindo pena de bandido. E, desconfia-se, para beneficiar os condenados por crime do colarinho branco, vulgo corruptos.
Depois ficam procurando explicações para a popularidade do Bolsonaro.
Corroborando meu post anterior: abaixo, trecho de uma reportagem sobre o Renova, movimento apartidário que pretende formar novas lideranças políticas.
O teste aplicado parece o ENEM. Depois, esses mesmos personagens vão gastar rios de tinta e horas de TV tentando entender de onde vem a “radicalização” do povo que vota no Bolsonaro.
Nesses últimos dias estava pensando em escrever um post sobre este assunto, mas não havia encontrado um modo de fazê-lo sem parecer que estava fazendo campanha para o Bolsonaro.
Eis que encontrei um sócio absolutamente insuspeito na minha percepção: Fernando Gabeira.
Gabeira diz muito melhor o que eu gostaria de dizer: há um fosso profundo entre as grandes discussões nacionais e aquilo que mais aflige o brasileiro hoje. O mundo político, a imprensa, os formadores de opinião, o empresariado discutem Lava-Jato, equilíbrio fiscal, regras eleitorais. O brasileiro da rua, no entanto, está realmente preocupado é com segurança pública. E o único candidato que tem discurso focado nesse assunto é Bolsonaro.
Mais do que o discurso mecânico que qualquer político tem sobre o assunto, com as mesmas plataformas de governo anunciadas há anos (“inteligência da polícia”, “policiamento de fronteiras”, “integração das polícias”, dá vontade de sair correndo sempre que ouço essas propostas “inovadoras”), Bolsonaro encarna a antítese do que Gabeira chama de “romantização do crime”.
O povo está cansado de políticos pusilânimes, que confundem pobreza com bandidagem. Enquanto a esquerda defende que “prender não resolve”, e a direita que não suja o shortinho fica discutindo equilíbrio fiscal, Bolsonaro surfa na onda da insegurança pública que, não nos enganemos, aflige mais os pobres do que os ricos.
Enquanto os políticos do chamado “Centro” não entenderem isso, Bolsonaro continuará sendo o único a empunhar essa bandeira. E ganhará a eleição.
Você, eleitor do PSDB desde que elegeu FHC em 1994, está P da vida porque o partido decidiu continuar na base de apoio desse salafrário do Temer. Jurou nunca mais passar perto de uma urna com o nome de alguém do partido estampado. Ok, muito justo.
1o turno das eleições de 2018. Quatro nomes chegam com chances reais de ir ao segundo turno:
João Doria – PSDB/PMDB
Jair Bolsonaro – coligação de partidos nanicos
Ciro Gomes – PT e seleta de partidos de esquerda
Marina Silva – Rede/PSOL (a esquerda limpinha)
No recôndito da cabine de votação, qual a sua decisão?