Questão de transparência

Lewandowski abriu a sua reunião com Cunha aos jornalistas. Muito bem.

O excelentíssimo presidente do STF poderia adotar o mesmo procedimento em reuniões com Rodrigo Janot, Renan Calheiros, José Eduardo Cardozo ou mesmo com Dilma Rousseff em Portugal.

Grande serviço prestado ao país

Quem ainda tem estômago para ler as “análises” dos auto-declarados “economistas (sic) desenvolvimentistas”, vai perceber que a tática é jogar nas costas do Levy o desastre que foi o ano de 2015. E não vai adiantar nada o ano de 2016 ser pior ainda, pois a “herança maldita” do Levy terá sido muito pesada, e o coitado do Barbosa precisa trabalhar ainda muito pra reverter a situação, e bla, bla, bla. Como disse um desses “economistas”, o Levy mostrou como teria sido horroroso um mandato de Aecio Neves.

Parabéns, Levy. Sua passagem pelo Ministério da Fazenda só serviu pra isso: álibi perfeito e eterno para o discurso cínico da petezada. Obrigado Levy, pelo grande serviço prestado ao país.

O ano do outsider

As eleições de 2018 serão bem diferentes das últimas 6, em que houve a polarização entre PT e PSDB, com a presença de uma terceira força, e um bando de nanicos. Em 2018, vários pesos-pesados da política disputarão, por partidos diversos. Só do PSDB teremos 4 candidatos: Alckmin, Aécio, Serra e agora Álvaro Dias, cada um por um partido. E ainda teremos o candidato do PMDB, que não apresenta candidato desde 1994, com Quércia.

Isso vai acontecer porque o país chegará em frangalhos em 2018, sem uma força política dominante, papel exercido pelo PT nas últimas 3 eleições. Exatamente como em 1990, o ano em que um outsider de um partido teórico venceu.

Sem limites

Belluzo, em entrevista ao Valor de hoje (sim, depois de tudo, veículos da grande imprensa ainda dão voz aos Belluzos, Pochmanns e Bressers), põe a culpa da crise no programa econômico “dos adversários” implementado pelo Levy.

Se a culpa é “dos adversários” com o PT no poder, imagine se o Aecio tivesse ganho as eleições…

A cara de pau dessa gente não tem limites.

Coerência

Qual a posição do senhor sobre o impeachment?

Sou contra o impeachment porque estou convencido de que não há motivos jurídicos. Acho que é uma decisão política que será tomada pelo Congresso. Mas não gosto da palavra golpe. Não é a primeira vez que se levanta a palavra impeachment no Brasil. Nós, no PT, a levantamos muitas vezes. A questão é se há denúncias contundentes para que seja provocado o impedimento. Se há, instale-se o processo. Se não há, mas se criou um clima político na sociedade que levou ao impeachment, instale-se e vamos votar sabendo que está na Constituição.

Senador Paulo Paim, de saída do PT, nas páginas amarelas da Veja.

Declarações de alguém que não precisa mais seguir a cartilha do Partido, e que, apesar de ser contra o impeachment, e ao contrário de vários se dizentes “defensores da democracia” pululando nas páginas dos jornais e estúdios de rádio e TV por aí, respeita as prerrogativas constitucionais do Congresso, inclusive a de destituir o presidente.