Dilma sabe (ou deveria saber) que a admissibilidade do processo de impeachment cria uma dinâmica política que se retroalimenta. Há os deputados que são absolutamente contra e aqueles absolutamente a favor. Esses fazem mais barulho.
Mas há um grande deserto de ideias (ou selva de interesses, como queiram) no meio do caminho. São os deputados que votam para o lado que sentem tomará o poder logo adiante. E isto depende do posicionamento do establishment político e econômico. Foi assim com Collor: o seu afastamento foi definido por mais de 440 votos, mas certamente havia muito menos votos no momento da admissibilidade.
Vamos ver um primeiro sinal no tom do JN de hoje.