Várias pessoas, compreensivelmente cansadas e desiludidas com a atual situação política e econômica, não se animam com o impeachment, porque não veem em Michel Temer algo melhor que Dilma Rousseff. Trocar um pelo outro seria trocar seis por meia dúzia, dizem.
Não é verdade por vários motivos combinados:
1. Temer é político profissional (e dos bons), Dilma é amadora. Mário Covas dizia que se orgulhava de ser um Político, com P maiúsculo. Ele queria dizer que a política se faz com políticos, não com mentes brilhantes ou com gerentes.
2. Temer pertence ao PMDB, um partido que não comunga da ideologia burra do PT e seus satélites, e que nos meteu nesse buraco em que estamos.
3. O PMDB é e sempre foi fisiológico. Mas não temos nada parecido com o Mensalão e o Petrolão, em dimensão e profundidade, antes do PT assumir o poder. O PT deu o novo tom da roubalheira, o PMDB e os outros partidos do condomínio só dançaram conforme a música. Não me entendam mal, o PMDB também tem culpa no cartório, mas foi o PT que liderou o processo.
4. Dilma perdeu a capacidade de governar, é preciso começar de novo. Com qualquer um.
5. O PMDB é um partido com qualidades e defeitos, feito por seres humanos. Não é como o PT, feito de redentores da humanidade, com quem não há diálogo, apenas submissão religiosa.
6. Temer não faz discursos que nos fazem sentir vergonha alheia do presidente.
7. Last, but not least: teremos uma primeira dama de primeira.