Em 1992, fizemos um bolão no escritório sobre o número de deputados que iriam votar a favor do impeachment do Collor. No final, foram 441 votos. Eu havia chutado 400 e ganhei, pois o meu número havia sido o maior. Meu raciocínio foi o seguinte: como o voto é aberto, nenhum deputado do centro quer ficar mal com o novo governo. Assim, na medida em que a votação avança, e mesmo antes, os indecisos vão pendendo para a maioria. No final, votam contra apenas aqueles do núcleo duro em torno do presidente. Teve até deputado que reformou o seu voto após a votação, para não ficar mal. Este ano tem a votação no Senado, mas o raciocínio é o mesmo.
Considerando que PT e seus satélites somam menos de 100 deputados, é possível que o total de votos pelo impeachment ultrapasse novamente 400.