Semana passada, não sei como, perdi minha carteira no ônibus. Perdi ou foi furtada, tanto faz. O fato é que estavam lá todos os documentos, cartões de crédito, enfim, toda a parafernália do homem (e da mulher) moderno. Toca bloquear tudo, tirar 2a via, essas coisas.
Qual não foi minha surpresa quando, hoje, uma semana depois do acontecido, uma mulher entra em contato comigo via Messenger do Facebook: “Vc perdeu a sua carteira com todos os seus documentos.” Depois de refeito da surpresa, perguntei: “Sim. Onde você os encontrou?”. Ao que ela respondeu: “Meu marido é motorista e achou dentro do ônibus”.
Para encurtar a estória, ele tinha achado a carteira, mas não havia telefone de contato. Uma semana depois, ocorreu a ela procurar-me no Facebook e… pimba! Minha esposa combinou de ir até a casa dela, que ficava em uma “comunidade”, para pegar a carteira. Estava tudo lá, inclusive R$ 160 em dinheiro.
Quatro conclusões dessa estória:
1) Coloque seu telefone de contato na carteira. Isso me teria evitado toda a trabalheira burocrática de bloquear cartões e tirar 2a via de documentos.
2) Estou cada vez mais convencido de que correlacionar pobreza com criminalidade é fruto do mais abjeto preconceito. Como se o pobre, só por ser pobre, não tivesse outra alternativa. Tem criminoso entre ricos e pobres. Esse motorista e sua esposa mostraram que ser honesto ou criminoso é uma escolha pessoal e não fruto de um determinismo social tão defendido pelas esquerdas.
3) Tive uma experiência prática de como as redes sociais permearam a sociedade de alto a baixo. Os políticos que dominarem esse meio de comunicação indubitavelmente sairão na frente nas eleições.
4) Mark Zuckerberg merece cada dólar de sua fortuna de bilhões.