As usinas que pertenciam à Cemig foram leiloadas hoje. O governo arrecadará mais de R$ 12 bilhões, com um ágio de quase 10% sobre o preço mínimo.
Um deputado de Minas afirmou que as usinas foram vendidas “a preço de banana”. Não ocorreu a ninguém perguntar ao nobre deputado qual teria sido o “preço justo”. Mesmo porque, não há preço que pague o feudo político que representa uma estatal. Trata-se de uma fonte eterna de empregos e barganhas políticas, impossível de precificar.
Além dos donos do feudo, também os sindicalistas se mostraram preocupados. Os empregos estariam ameaçados. Sim, estão mesmo. Empregos que nem deveriam existir e cujo custo recai sobre toda a sociedade, que sustenta a baixa produtividade das estatais.
Além dos donos do feudo e dos sindicalistas, também os defensores dos interesses nacionais criticaram a venda das usinas da Cemig. Os interesses nacionais, por algum motivo, envolveriam manter a geração da energia elétrica nas mãos do Estado. Talvez porque, em uma guerra, as multinacionais pudessem cortar a energia das nossas cidades. Bem, não precisa de uma guerra pra cortar a energia, basta uma chuvinha de verão.
Os donos de feudo, os sindicalistas e os defensores do interesse nacional estão hoje um pouco mais tristes. O que significa dizer que o cidadão está um pouco mais feliz.