A pasta não volta para o dentrifício

Um imposto é como, no dizer da saudosa presidenta, a pasta que sai do dentifrício: uma vez fora, não volta mais.

Veja o exemplo do IOF sobre compras internacionais feitas com cartão de crédito. A alíquota é de 6,38%. Os 0,38% se originaram da alíquota da CPMF, e serviam para compensar este imposto pago pelos bancos nas operações de câmbio. Os restantes 6% tiveram origem na tentativa do governo Dilma de procurar conter a então vista como excessiva valorização do real, nos idos de 2012.

Então.

A CPMF foi extinta há 10 anos e o real se desvalorizou quase 50% desde a adoção do imposto. Nenhum dos dois problemas que deram origem ao atual imposto existe mais. Mas o imposto continua lá, firme e forte.

O fim da CPMF foi uma exceção à regra. Um verdadeiro milagre.

Quando você ouvir falar de reforma tributária, não fique muito animado. Não será para colocar a pasta para dentro do dentifrício.

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