“É uma falácia dizer que uma eventual derrota de Lula da Silva nas urnas terá maior legitimidade democrática do que a sua exclusão das eleições por força da Lei da Ficha Limpa. Para que exista democracia, é preciso antes haver respeito às leis. […] O descumprimento da lei não é caminho para a democracia. É o atalho para o arbítrio.”
Trecho do editorial do Estadão de hoje. Coincidentemente, logo em seguida a um artigo do ex-embaixador Rubens Barbosa, que faz coro à ideia de que seria melhor “deixar Lula concorrer”, para que este e seus “democratas” do PT não pudessem usar o discurso do golpe e da vitimização.
O editorial do Estadão deixa claro que não há solução de compromisso possível sem o respeito à lei para todos. Um “arranjo” que permitisse a Lula assumir o governo atropelando a lei, isso sim solaparia a democracia.
Aos espíritos timoratos, que têm medo da gritaria dos petistas e seus satélites na academia e no mundo das artes, o recado do editorial do Estadão é claro: não existe democracia sem lei. A alternativa é o arbítrio, tão ao gosto dos petistas. Que o digam nossos vizinhos venezuelanos.