Nenhum direito a menos!

O vale-refeição é mais uma daquelas muitas invenções em que governo e sindicatos se unem para colocar no rabo das empresas e empregados (usei o termo técnico porque outros que me ocorreram são de baixo calão).

Apresentado como “uma conquista” do trabalhador, o vale-refeição amarra o funcionário a um determinado hábito, qual seja, o de almoçar em restaurante na hora do almoço. E se o trabalhador preferir levar sua própria marmita e receber o vale-refeição em dinheiro? Não pode.

Quer dizer, a empresa vai gastar aquele dinheiro de qualquer forma, faz parte do salário do funcionário, mas o sujeito não tem liberdade de gastar o dinheiro como lhe aprouver. Trata-se de um dinheiro “carimbado”. Ou seja, para ter acesso a um dinheiro que é seu, o sujeito precisa almoçar em restaurante, normalmente precisando complementar o valor do vale, que não é suficiente.

O vale-refeição é dessas coisas que traduzem bem o Brasil: um “direito” que ninguém quer, defendido com unhas e dentes pelos sindicatos. “Nenhum direito a menos!” Inclusive o direito de não ter acesso livre a uma parte do seu salário.

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