Só no Brasil

Cobertura da Globo News sobre a batalha campal provocada pela reação dos servidores municipais da educação ao novo desconto da previdência aprovado na CCJ de 14% a 19% (era 11%).

Depois da reportagem, o comentário de Chico Pinheiro fecha a matéria: “desconto de quase 20% de servidores que já ganham um salário tão baixo… só no Brasil”.

Só no Brasil o âncora de um dos principais telejornais do país faz um comentário energúmeno desses.

Paulistas à espera de Lula

Lula fez sua 1a caravana no Nordeste, depois foi a vez de Minas, em seguida Rio e ES. Quando eu achei que teríamos finalmente a caravana de Lula em São Paulo, eis que descubro que o eterno candidato do PT pulou o nosso estado, esgueirando-se pelas bordas em direção ao Sul. Uma pena, estávamos todos os paulistas ansiosos para recepcioná-lo calorosamente!

A gênese dos juros altos

Imagine você a Febraban fazendo um anúncio de página inteira acusando as indústrias de cobrarem preços abusivos se comparados às suas congêneres globais. Por exemplo, comparando um carro ou um computador vendido aqui e lá fora.

Faz lembrar a verborragia da Dilma, que tentou baixar os juros na marra, usando os bancos públicos. Deu no que deu.

Enquanto não forem resolvidos problemas estruturais da economia brasileira, incluindo essa excrescência chamada BNDES, que irriga boa parte do caixa das empresas da FIESP com juros subsidiados, vamos continuar convivendo com juros altos.

O lado certo

Imagine a seguinte situação: Aécio Neves, Michel Temer, Geraldo Alckmin, qualquer um desses, é condenado a 12 anos de prisão por corrupção em duas instâncias da justiça.

Aí, qualquer um desses sai pelo país fazendo caravana, e Maurício Macri ou Sebastian Piñera prestam seu apoio. Consegue imaginar?

Não, esta situação não ocorreria de maneira alguma. Sabe por que? Porque, ao contrário da esquerda, a direita não julga as pessoas pela causa que defendem. Se o cara se prova bandido, cai em desgraça.

Já para a esquerda, a única coisa que importa é a “causa”, o “lado”. Se você está do lado certo da história, tudo de que você é acusado não passa de conspiração das forças imperialistas contra as conquistas do povo. Sempre. Invariavelmente.

O povo, ah, o povo

Trecho da entrevista de Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da paz, no Valor de hoje.

No primeiro parágrafo, defende a corrupção de quem faz “aportes para o povo”. No segundo parágrafo, ataca a corrupção daqueles que “se vendem ao capital”.

Esse é o marxismo no seu estado mais puro. Não existe a verdade, existe a revolução do proletariado, e tudo o que ajuda a revolução, mesmo que seja a corrupção, é válido.

Só falta combinar com o “proletariado”. No mesmo artigo, Esquivel se “surpreso” com a fraca reação popular ao impeachment e à condenação de Lula. O povo, ah, o povo…

A marca do fracasso

“Foi revelada ao mundo a falência de um regime comunista, incapaz de induzir os próprios cidadãos a permanecerem dentro de seu país”.

Palavras de Henry Kissinger, em sua monumental obra Diplomacia, a respeito do início da construção do muro de Berlim.

Muitos consideram a queda do muro de Berlim como o marco do fracasso do regime comunista. Nada mais equivocado. A verdadeira confissão desse fracasso foi a necessidade da construção do muro. Não consigo pensar em nada mais falido do que um regime que precisa enjaular seus próprios cidadãos.

Mais alguma ideia?

Gleisi Hoffman afirma que o PT “não vai aceitar com normalidade” a prisão de Lula. Ao mesmo tempo, descarta “insurreições” ou “grandes mobilizações”, provavelmente porque sabe que mobilizaria a meia dúzia dos mesmos gatos pingados de sempre. Mas diz que não vai aceitar “calmamente”.

Fiquei cá imaginando com meus botões o que Gleisi e o PT poderiam fazer para externar sua revolta, sem “insurreições” ou “grandes mobilizações”. Poderiam, talvez:

– Tirar as calças e pisar em cima

– Prender a respiração até ficar roxo

– Beliscar o coleguinha de partido

– Soltar fedidinho no STF

Mais alguma ideia?

Barbeiragem

Sai mais barato jogar US$ 150 milhões no lixo e começar do zero.

Acreditem: o desperdício de dinheiro em políticas megalomaníacas dos governos petistas é muito, mas muito maior, do que a roubalheira.

Infelizmente, desperdício de dinheiro público não é crime tipificado. Caso fosse, Lula e Dilma pegariam prisão perpétua.