Análise da pesquisa Ibope

A grande mudança dessa pesquisa Ibope foi a queda dos brancos, nulos e indecisos, de 38% para 28%. A campanha eleitoral começa a fazer efeito, movendo os eleitores.

Nenhum candidato realmente ganhou, todos os principais, com exceção de Marina, subiram 2%, inclusive o agora ex-nanico Amoêdo. Ciro subiu 3%, mas considero isso dentro da margem de erro.

Mas se nenhum candidato ganhou, houve um perdedor claro. Ou perdedora: Marina Silva. De todos, foi a única que não se aproveitou do movimento de diminuição dos brancos/nulos/indecisos. Logo Marina, que, segundo a abalizada opinião dos comentaristas isentos, havia “arrasado” Bolsonaro no debate da Rede TV. Pois é, parece que o povo não concordou muito com isso.

Mas é cedo ainda para descartar a candidata da Rede, que pode muito bem se beneficiar do voto útil de eleitores de Alckmin e Haddad que não querem um 2o turno entre Ciro e Bolsonaro. A ver.

Disse que não houve um vencedor claro. Mas podemos considerar que a pesquisa foi boa para Bolsonaro: quanto mais tempo passa sem perder votos, apesar de todo o bombardeio que vem recebendo, mais se aproxima do 2o turno. Tem muita campanha pela frente, é verdade, mas um dia a mais é um dia a menos para o ex-capitão. Os outros é que jogam contra o relógio.

E também vencedor foi Amoêdo, que empatou numericamente com Álvaro Dias, um político com muito mais quilômetros de rodagem.

Alckmin e Haddad estão na ponta oposta de Bolsonaro: cada dia que passa, é um dia a menos para tirar a vantagem de Ciro e Marina. Tem muita campanha pela frente, mas esta pesquisa Ibope não trouxe boas notícias para os dois. Um dia a mais é um dia a menos.

Depois de amanhã vai faltar um mês para o 1o turno. Será o mês mais denso para a política nacional desde o mês que antecedeu a votação do impeachment.

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