Ibope mostrando, grosso modo, o que já havia sido mostrado pelo levantamento da última pesquisa do BTG Pactual: Bolsonaro e Haddad subindo, Ciro estável e o resto caindo.
Vejamos o que aconteceu nos campos da “direita” x “esquerda” nas últimas 4 pesquisas Ibope, incluindo esta. Lembrando que “direita” é Bolsonaro, Alckmin, Amoêdo, Álvaro, Meirelles, Daciolo e Eymael, enquanto “esquerda” é Haddad, Ciro, Marina, Boulos, Vera e Goulart. Sempre em percentual dos votos válidos.
20/08: Direita 47,9 x 39,4 Esquerda (indecisos 12,7)
05/09: Direita 49,4 x 41,8 Esquerda (indecisos 8,9)
11/09: Direita 55,6 x 35,8 Esquerda (indecisos 8,6)
18/09: Direita 48,8 x 41,9 Esquerda (indecisos 9,3)
Ao contrário do DataFolha, que vem mostrando uma maior estabilidade nesta relação, a pesquisa do Ibope mostrou um crescimento da “direita” bastante significativo na pesquisa de 11/09, para voltar ao “normal” na pesquisa de hoje.
Esta “corcova” do dia 11/09 foi causada pela queda de Marina Silva e aumento das intenções de voto em Bolsonaro logo depois do atentado. O que aconteceu nesta última pesquisa foi que Bolsonaro ficou praticamente parado (em termos de votos válidos), enquanto Haddad recapturou os votos de Marina Silva, além dos votos de Vera Lúcia, Goulart e Boulos, que não pontuaram nessa pesquisa, e até de Ciro, que caiu 1 ponto em termos de votos válidos. Ou seja, Haddad vem concentrando os “votos úteis” da esquerda. Se essa tendência se consolidar, será muito difícil tirá-lo do 2o turno.
Por outro lado, os votos da “direita” parecem ser suficientes para eleger Bolsonaro. Caso, claro, os votos de Alckmin, Amoêdo, Meirelles e Álvaro migrem para o ex-capitão. O que está longe de ser garantido.
Faltam 19 dias para as eleições. Uma eternidade.