Alguém realmente acredita que se existisse uma “tecnologia” que dependesse só de alguns poucos milhões de reais para influenciar a eleição, o PT já não estaria utilizando? Sério?
Ameaça à democracia
A coligação do PT é formada por 3 partidos: PT, PCdoB e PROS.
O presidente do PROS está foragido, com prisão decretada.
E estamos discutindo a ameaça do zapzap para a democracia.
Sinais! Fortes sinais!
Impossibilidade estatística
Descobri hoje que sou uma impossibilidade estatística.
Segundo reportagem da Folha, um grupo de empresários teria financiado uma operação gigantesca de envio de mensagens via WhatsApp. Seriam centenas de milhões de mensagens espalhadas por aí.
Então. Eu não recebi nenhuma dessas mensagens via robôs. Sempre recebi via amigos da minha lista de contatos. Dessas “centenas de milhões de mensagens”, nenhuma chegou a mim.
Sou uma impossibilidade estatística.
Um palhaço
9 parlamentares.
8 aspones.
1 palhaço: o contribuinte.
Crony capitalism em estado puro
O Rota 2030 é aquele programa que dá incentivos fiscais para a indústria automobilística. Está para ser aprovado no Congresso, mas surgiu uma treta de última hora.
O caso é o seguinte: a Fiat produz em Pernambuco, enquanto a Ford produz na Bahia. O senador Armando Monteiro, de Pernambuco, propôs uma emenda que prorroga um determinado benefício ao setor. Mas, segundo a Ford, essa prorrogação beneficia mais a Fiat do que a Ford. Por isso, os parlamentares da Bahia estão contra.
Então, ficamos assim: os parlamentares em Brasília estão decidindo não só quanto vão tungar dos brasileiros para beneficiar os fabricantes de carros, como também qual montadora sai em vantagem. Não consigo pensar em nada mais “crony capitalism” do que isso.
Segundo a reportagem, os incentivos fiscais à indústria automobilística chegarão a US$ 7,2 bilhões em 2019. Isso é cerca de um quarto do que se gasta com Bolsa Família.
Proponho perguntar aos nordestinos se preferem ter um aumento de 25% em seus benefícios ou continuar dando dinheiro para a suposta geração de alguns milhares de empregos em meia dúzia de cidades da região.
Cotas para mulheres
Trabalho no mercado financeiro, um ambiente predominantemente masculino.
A empresa onde trabalho tem origem na Califórnia e uma preocupação genuína por diversidade. Sempre que abre uma vaga, temos a preocupação de tentar aumentar o contingente feminino na empresa.
Só tem um problema: as mulheres simplesmente não aparecem para as entrevistas. O interesse é predominantemente masculino, principalmente para a atividade fim, gerência de investimentos. Vou chutar a proporção, deve ser uma mulher a cada 10 homens, se muito.
Fico imaginando se houvesse cotas para contratação. Se fosse 30%, como no caso das candidaturas, enfrentaríamos sérios problemas de preenchimento de vagas.
O problema, como já deve ter sacado o estudante do 1o ano de economia, é de oferta, não de demanda. Faltam candidatas, não vagas. Quando se descobre que uma parte relevante de candidaturas “laranja” são de mulheres, deveríamos investigar não os partidos, mas o fenômeno que causa uma oferta tão baixa de candidatas “de verdade”.
As cotas, como em todo lugar em que são implementadas, mascaram o real problema. No caso, por quê mulheres participam tão pouco da política partidária.
Uma mão na faixa
Final do primeiro jogo da decisão. O time venceu por 3 x 0 e agora vai decidir a taça em casa.
Coletiva de imprensa com o técnico.
– Já se considera campeão?
– Estamos com uma mão na taça. Dificilmente o adversário vai tirar essa diferença no próximo jogo.
Você nunca vai ouvir essa resposta. Mais provável que seja algo do tipo “a diferença é grande, mas o time adversário é forte e estamos concentrados para a final. Jogo se ganha no campo, não de véspera”.
Por que os técnicos falam isso, apesar de, de fato, o time estar com a mão na taça? Por dois motivos: para não desmobilizar os jogadores do seu time e para não encher de brios o time adversário.
Eleição não se ganha de véspera, se ganha na urna. Que o digam Dilma, Suplicy, Pimentel, Skaf e Romário.
Questão de esquerda ou direita
Quando Wagner Moura diz que agora não é uma questão de esquerda ou direita, pode ter certeza que agora é uma questão de esquerda ou direita.
O risco é um péssimo governo
Pedro Ferreira e Renato Fragelli, como sempre, lúcidos. Espero que estejam errados.