Jovens, acordem!

Este post é dedicado a quem tem menos de 35 anos de idade, incluindo todos os meus filhos.

O gráfico abaixo mostra que a reforma da previdência vai ser feita por bem ou pelo mal. De maneira organizada e debatida, ou de maneira selvagem, via calote nas aposentadorias ou uma inflação a lá Venezuela.

Neste gráfico, vemos a média de filhos por mulher no Brasil. A taxa de reposição, ou seja, a taxa necessária para manter a população estável, é de 2,1 filhos por mulher. Portanto, com 1,7, a população brasileira começará a diminuir em algum momento, como já está acontecendo no Japão e na Rússia.

O sistema de previdência brasileiro funciona no regime de repartição: o pessoal que está trabalhando financia a aposentadoria de quem não está trabalhando mais. Não é preciso ser nenhum gênio da economia para sacar que essa equação não fecha se a população começar a diminuir.

A rigor, não precisa nem esperar a população começar a diminuir. Basta o próprio envelhecimento. Estima-se que em 2050, quando os jovens de hoje estarão se aposentando, um quarto da população terá mais que 65 anos de idade. Isto significa que haverá um aposentado para cada duas pessoas trabalhando.

Os maiores interessados na reforma da Previdência deveriam ser os jovens, preocupados em como vão financiar as aposentadorias de seus pais e, principalmente, como seus filhos irão financiar suas próprias aposentadorias.

Jovens, acordem! Vocês são a geração que serão o recheio do sanduíche, formado pela aposentadoria de seus pais e pela falta de quem financie a sua própria aposentadoria.

– Ah, mas não vou precisar dessa aposentadoria, não pretendo me aposentar.

Eu também pensava assim quando era jovem. A idade vai chegando e as forças vão faltando, de modo que uma renda complementar passa a ser importante e até mesmo essencial em alguns casos.

A escolha é clara: uma reforma negociada ou caótica. Não há uma terceira opção.

Meu maior defeito

Haddad reconhecendo os erros do PT me faz lembrar aquelas entrevistas de emprego:

Entrevistador: qual o seu maior defeito?

Candidato: meu maior defeito é trabalhar muito, não consigo parar!

A dificuldade em reconhecer erros

Análise do inefável Bernardo Mello Franco sobre o aumento da rejeição a Haddad.

Bernardo descobriu o problema: as “fake news”, que estariam sendo espalhadas sob o olhar complacente do TSE, que estaria de braços cruzados.

Desta brilhante análise não constam a mudança brusca e artificial na identidade visual da campanha, a comunhão da Manuela, o apoio tóxico de Boulos. Nada disso. O culpado é o Olavo de Carvalho, que prega para convertidos.

Assim como o partido, os jornalistas petistas têm uma enorme dificuldade em reconhecer erros. Cid Gomes que o diga.

Lula está na cadeia, babaca!

Lula está na cadeia, babaca!

Lula is in the jail, asshole!

¡Lula está en la cárcel, estúpido!

Lula est en prison, connard!

Lula è in prigione, stronzo!

Lula ist im gefängnis, arschloch!

Lula är i fängelse, rumpa!

Lula zit in de gevangenis, klootzak!

Lula hapiste, pislik!

Lula er i fængsel, røvhul!

Lula jest w więzieniu, dupku!

Aiaʻo Lula i loko o ka hale paʻahao!

Lula vincula est, culus!

Лула в тюрьме, мудак!

Ο Λούλα βρίσκεται στη φυλακή, μαλάκα!

ルーラは刑務所にいます、お尻!

卢拉在监狱里,混蛋!

לולה בכלא, אידיוט

!لولا في السجن ، الأحمق!

Bananão Temer

Em 15/12/2017, um decreto presidencial alterou o início da vigência do horário de verão, que passou a ser a partir do 1o domingo de novembro, e não mais a partir do 3o domingo de outubro, como determinava o decreto anterior.

Esta mudança ocorreu para evitar que se esperasse 3 horas para o início da divulgação dos resultados das eleições, tempo suficiente para que os eleitores do Acre pudessem votar.

No dia 18/01/2018, portanto um mês após a mudança acima citada, o Inep divulgou as datas das provas do Enem, coincidindo com o novo início do horário de verão.

No dia 26/09/21018, portanto 9 meses após o anúncio do novo início do horário de verão e a pouco mais de um mês para o seu início, o ministro da Educação pediu o seu adiamento para o dia 18/11, pois haveria coincidência com a data das provas do Enem.

No dia 03/10/2018, o presidente Michel Temer, acata o pedido do ministro, e muda novamente o início do horário de verão, desta vez para o dia 18/11.

As empresas aéreas informam que milhares de voos serão prejudicados, principalmente aqueles que dependem de conexões internacionais, pois não daria tempo para adaptar a malha aérea ao novo horário.

Ontem, dia 15/10/2018, o presidente recuou e manteve o início do horário de verão para o primeiro domingo de novembro, conforme o decreto de 15/12/2017.

Resumindo:

– o governo brasileiro insiste em manter o horário de verão, de eficácia cada vez mais duvidosa para a economia de energia

– para que os eleitores do Acre (que representam 0,4% do total de eleitores do país) não fossem influenciados em sua escolha eleitoral, o início do horário de verão foi adiado em duas semanas. Não teria sido mais fácil simplesmente adiar o início da apuração para depois do fechamento da última urna?

– passaram-se 8 meses até que o Inep “descobrisse” que a prova do Enem coincidiria com o início do horário de verão. Ao invés de demitir o ministro da Educação, o presidente Bananão Temer acatou o pedido de adiamento por mais duas semanas.

– as empresas aéreas então avisaram o “presidente” que, se ele não quisesse enfrentar quebra-quebra em aeroportos, seria melhor repensar o adiamento.

– o presidente Bananão Temer então recua pela 387a vez em seu governo. Sim, o ministro da Educação continua no mesmo lugar, e quem vai pagar o pato são os estudantes.

Já imaginou isso acontecendo na Alemanha, no Japão ou nos EUA? Não? Por isso é que eles são quem são e nós somos o que somos.

Imagine os radicais

Esse é Rui Costa, o governador do PT mais bem votado do Brasil. Ele prega o diálogo. Um ponto de união.

E começa sua entrevista chamando a oposição de golpista e colocando a crise no colo de quem votou o impeachment.

Esse é o moderado. Imagine os radicais.

História pregressa

Não conhecia essa história pregressa do Mario Sérgio Cortella, convidado para ser o ministro da educação do Haddad.

Sempre o achei um embuste, mas não sabia porque.

Agora eu sei.