O Sistema S recebe R$17 bilhões/ano para o seu custeio. Essa dinheirama sai do balanço das empresas, através de um imposto específico.
Minha sugestão, na verdade, seria outra: eliminar esse imposto e deixar o financiamento do Sistema S por conta de uma contribuição facultativa das empresas. Caberia aos gestores do Sistema convencer as empresas da utilidade daquilo que se faz no SESI, SENAI, SESC etc.
– Ah, mas aí corre-se o risco das contribuições despencarem.
Bem, se for esse o caso, por que então obrigar as empresas a contribuir com algo no qual não veem valor? Ou pior, que veem apenas como uma plataforma de lançamento de carreiras políticas, como a de Paulo Skaf?
Ao ser financiado por um imposto, o Sistema S entra no custo dos produtos que toda a população compra, mas beneficia somente uma parcela minúscula dessa mesma população.
Acho que Paulo Guedes foi até modesto. Podia cortar 100% do imposto, e deixar nas mãos das próprias empresas o destino do Sistema S. Como dizia o outro, caridade com o chapéu alheio é de graça.