O Dieese descobriu o moto-perpétuo! O aumento nominal do salário mínimo não só faz o PIB crescer como faz aumentar o superávit das contas públicas!
Fosse assim tão fácil, por que não dobrar ou triplicar o salário mínimo? Como já disse alguém, se só dependesse da caneta, não haveria país pobre no mundo.
Afinal, por que esse “estudo” do Dieese não vale o papel onde foi publicado? Simples: ajustar o salário mínimo significa somente passar o dinheiro de um bolso para o outro. Mais especificamente dos lucros para os salários.
– Ah, mas é melhor o dinheiro na mão dos trabalhadores do que na mãos dos empresários. Isso aumenta o consumo, que move a economia.
Seria verdade se fosse verdade. Se a produtividade do trabalho não aumentar, esse aumento de custo afeta negativamente a decisão de produção do empresário. No final, o dinheiro na mão do trabalhador vira inflação e não consumo.
Fora as distorções causadas pela imposição de um salário mínimo incompatível com a produtividade geral da mão-de-obra, o que empurra grande parte da força de trabalho para a informalidade, principalmente os mais jovens. Não tenha dúvida: uma parcela relevante do desemprego da juventude é causada pela existência de um salário mínimo. Outra parcela é a própria legislação trabalhista.
Então, toda vez que você ler estudos desse tipo, simplesmente ignore. Não existe o moto-perpétuo, esta é a triste realidade da vida.