O editor do Valor, César Felício, lembra a experiência de Portugal no corte das aposentadorias. Perto do que foi feito na Metrópole, a proposta do governo é um passeio no parque.
Mas Portugal não tinha saída: por pertencer à zona do Euro, tinha que resolver seu problema fiscal do modo clássico: cortando despesas. Não havia jeitinho.
No Brasil, não chegaremos a esse ponto. Se não conseguirmos equacionar a dívida pública cortando despesas, o confisco das aposentadorias se dará pelo método brasileiro: inflação. E, como sempre, quem pagará a conta são os mais pobres, pois inflação é o confisco do dinheiro do pobre.