A venda de 100% de companhias aéreas para estrangeiros foi aprovada na Câmara. E não foi uma aprovação qualquer: o texto foi aprovado por maioria constitucional. Com essa maioria, a reforma da Previdência teria sido aprovada.
Essa aprovação por acachapante maioria traz algumas lições:
1. A Câmara vota quando o governo se empenha.
2. A Câmara vota quando a situação chega perto da calamidade. Esse projeto recebeu seu impulso final depois que a Avianca pediu concordata, mostrando a fragilidade das companhias aéreas locais.
3. A Câmara vota pautas liberais (no caso, liberalismo selvagem) quando o governo se empenha e quando a situação chega perto da calamidade.
Esta é uma lição para a reforma da Previdência. A coisa chegou perto da calamidade. Falta o governo se empenhar.