O cadastro positivo é excelente notícia, daquelas que mudam estruturalmente a economia. O custo do crédito para bons pagadores deve diminuir ao longo do tempo, com o sistema separando o joio do trigo. E, não menos importante, rompendo o monopólio dos grandes bancos sobre o histórico de crédito de seus clientes, o que lhes fazia ter uma enorme vantagem competitiva.
Essa lei foi primeiramente editada por Dilma Rousseff em 2011, mas com uma falha grave: era um sistema opt-in, ou seja, o consumidor precisaria optar por fazer parte. Obviamente, pouquíssimos se mexeram na cadeira.
O governo Temer aperfeiçoou a lei, tornando-a opt-out. Ou seja, quem não quiser fazer parte, deverá se mover. Mas, ao não fazer parte, provavelmente terá dificuldade, dentro de pouco tempo, em obter crédito na praça.
E coube a Bolsonaro finalmente sancionar a lei.
Este é um exemplo acabado de como aperfeiçoamentos institucionais podem ser patrocinados por governos de diferentes cores, se todos olharem para o bem comum.