Nos idos da década de 80, a esposa de um amigo meu trabalhava no Banespa. Os pais dela eram cobertos pelo plano de saúde da empresa, a Cabesp. E não era qualquer cobertura não! Dava direito até ao Sírio!
Bem, o resto é história. O banco quebrou e foi privatizado. Foi por causa do plano de saúde dos pais da esposa do meu amigo? Assim como a queda de um avião, uma falência não tem um motivo único. O plano de saúde nababesco do Banespa era apenas mais um item em uma longa série de benesses e desmandos que acabaram por inviabilizar a empresa.
Estatais são assim: criadas para “servir o povo”, acabam por servir os políticos e os seus funcionários. Enquanto papai Estado tem dinheiro para manter a farra, vai se levando. Quando papai Estado quebra também, não resta outra alternativa a não ser privatizar ou simplesmente fechar a empresa.
Os Correios são somente mais um exemplo dessa crônica de uma morte anunciada. Eu dizia para esse meu amigo: aproveite enquanto é tempo, essa farra um dia vai acabar. E acabou.