Um primeiro-ministro como Boris Johnson foi a melhor coisa que podia acontecer para o Reino Unido nesse momento.
Era necessário um primeiro-ministro que colocasse de maneira selvagem todas as cartas na mesa, para forçar todas as posições. E o que vimos é que o parlamento britânico está longe de estar pronto para o Brexit. Muito longe.
Um acordo com a UE envolve resolver a quadratura do círculo: uma fronteira de Heidegger entre as duas Irlandas. Não tem solução. Portanto, não tem Brexit, a não ser que seja sem acordo. Boris Johnson colocou exatamente isso na mesa, e saiu derrotado. Ou seja, não tem Brexit.