São tantos os absurdos que vemos por aí que não dá para acompanhar todos. O monopólio da Caixa na gestão do FGTS é um deles.
A Caixa cobra 1% ao ano para gerir o fundo. Um por cento! Para um fundo de mais de meio trilhão de volume! Faça uma concorrência qualquer no mercado, e choverá bancos dispostos a fazer o mesmo serviço por um centésimo desse valor.
Esse 1% ao ano é um imposto escondido, que arrecada R$ 5 bilhões por ano. A Caixa teve lucro de R$13 bilhões em 2018, recorde histórico. R$ 5 bilhões foram devidos a essa tungada no dinheiro do trabalhador. Ou seja, para fazer o seu trabalho “social”, a Caixa usa dinheiro do próprio trabalhador. Tira de um bolso sem fazer alarde e devolve para o outro bolso com banda e fanfarra. No meio, uma burocracia indemissível.
A Caixa não é o problema em si. A Caixa é só o sintoma do problema. Um problema que tem um nome: estado-dependência. A Caixa existe somente para dar a sensação de que o Estado está tomando conta de “sua gente”. Não importa que o dinheiro usado seja tungado do mesmo trabalhador que está sendo “ajudado”. O que importa é que a Caixa continue existindo para “diminuir as desigualdades do país”. O brasileiro merece a Caixa.
PS: acabo de ler em outra matéria que o total de subsídios para o programa Minha Casa Minha Vida para a baixa renda é de R$2,7 bilhões para 2020. Metade da taxa de administração paga para a Caixa “cuidar” do FGTS. O que está errado não está certo.