Quando é pra elogiar, a gente elogia.
Uma reportagem de uma página inteira do Estadão sobre a rotina dos “bikeboys”, os entregadores de encomendas com bicicletas. E nenhuma, nenhumazinha referência à “precarização do trabalho” ou aos “direitos dos trabalhadores”.
Ou melhor, a palavra precarização aparece uma vez, na boca de um economista do DIEESE, mas para reconhecer que os aplicativos não são os responsáveis pela precarização das condições de trabalho, que essa conta deve ser creditada ao alto desemprego do país. Óbvio, né?
Fora isso, nenhum “especialista” discorrendo sobre como os coitados são explorados pelo sistema. No final, o depoimento de um bikeboy, dizendo que faz isso porque quer, que não tem patrão. Esse é o espírito.
Parabéns aos Estadão e ao repórter Renato Jakitas pela excelente matéria.