As prestações do financiamento imobiliário com indexação ao IPCA são de 30% a 50% mais baixas que as mesmas prestações dos financiamentos pela TR. Como o nível total da taxa de juros cobrada tem que ser o mesmo em ambas as modalidades, é óbvio que o grosso dos juros no financiamento pelo IPCA está sendo postergado. Explicando de outro modo: se não há mágica, a economia feita nas prestações iniciais será cobrada posteriormente.
O problema é que quem está entrando nesse financiamento não sabe disso. O pessoal faz a conta do “cabe no bolso hoje” e entra de cabeça. Não por outro motivo, os bancões estão bastante reticentes em abrir linhas nessa nova modalidade. O Bradesco, citado na matéria, vai focar na “alta renda”, que teria mais bala para aguentar um aumento das parcelas no futuro.
O nascimento de esqueletos é sempre um fenômeno fascinante.