O primeiro-ministro está com dificuldade para formar um novo governo. Já foram duas eleições em poucos meses e ele não consegue formar maioria no Congresso.
Esta poderia ser a descrição da política em qualquer país europeu. Mas estamos falando do único país democrático do Oriente Médio, onde as coisas se resolvem por meio de eleições, não na base do fuzil.
Por outro lado, a última eleição no “Estado” palestino foi há quase 15 anos. Como o tempo passa rápido! E o Hamas foi mais prático: expulsou o presidente eleito de uma parte do território.
Para que haja uma solução de “dois estados” é preciso que existam dois estados. Só existe um, Israel. E é uma falácia afirmar que é preciso reconhecer um Estado para que ele possa existir. Israel já era um Estado bem antes de seu reconhecimento formal, em 1948. Não fosse por isso, não teria sobrevivido a guerras contra inimigos muito mais poderosos na época, incluindo o Império Britânico, que ocupava aquelas terras na época. Era necessário um esforço coordenado impossível de ser obtido sem instituições bem definidas.
A solução de dois estados somente será possível quando os palestinos constituírem um verdadeiro Estado, e não forem apenas joguetes nas mãos do Irã. O resto é só propaganda anti-imperialista.