Uma menina de 9 anos foi assassinada anteontem. Estava em uma festa com a mãe em uma escola da periferia de São Paulo. Desapareceu, e seu corpo foi encontrado em um parque próximo da escola.
Raíssa era o nome da menina. Ela era autista.
Raíssa não mereceu horas e páginas de cobertura jornalística.
Raíssa não foi alvo de debates intermináveis na Globo News.
Raíssa não foi tema de análises de “especialistas”.
Raíssa não mereceu um enterro épico, salpicado de balões amarelos.
Raíssa não serviu de palco para embates políticos.
Raíssa, essa sim, será apenas mais uma estatística.
Às vezes, o que importa é quem morreu. No caso, o importante é quem matou.