Uma vez latino-americano, sempre latino-americano.
Tivemos um dia a ilusão de que o Chile fosse se transformar na Europa dentro da América Latina, servindo como exemplo para os seus vizinhos.
Mas não, foi o contrário. O Chile é que está sendo arrastado pela pesada herança latino-americana. As declarações dos jogadores da seleção, todos regiamente pagos no futebol europeu, ressoam as “veias abertas da América Latina”. “Justiça social!”, gritam. Desde que seja com o dinheiro dos outros.
Sebastian Piñera entregou os Sudetos para os manifestantes apenas cinco dias depois de iniciados os atos de vandalismo. Margareth Thatcher aguentou mais de um ano de greves contra o seu programa econômico. Mas era Margareth Thatcher. Nossos líderes também são latino-americanos, não se esqueça.
Congelamento de preços de tarifas é o inicio do fim. O Chile atingiu o seu pico, e agora é ladeira abaixo. Daqui a dez anos, descobriremos que a renda do Chile estagnou. Guardem essa previsão e me cobrem.
O Brasil não é diferente. Estamos fazendo reformas liberalizantes por precisão, não por boniteza. O dinheiro simplesmente acabou. Quando voltar a sobrar um pouco, voltaremos à esbórnia. Faz parte do nosso DNA, do DNA latino-americano: esperamos tudo de um Estado que está aí para resolver nossos problemas. “Igualdade” é só um outro nome para estatolatria.