Depoimento do repórter da Globo que cobriu a queda do Muro de Berlim, que completa 30 anos amanhã.
Conta de sua emoção de estar testemunhando a história, apesar de “outros muros ainda estarem sendo construídos hoje”.
É do balacobaco!
O sujeito quer comparar o Muro de Berlim com o muro do Trump entre EUA e México. É mais ou menos como comparar o muro de um presídio com o muro que certamente protege o condomínio onde o repórter mora. E essa comparação não é nem a ideal, pois os condenados estão cumprindo pena pelos seus crimes, enquanto os alemães orientais só tiveram o azar de cair no lado errado da história.
O repórter celebra a queda do Muro de Berlim como um “congraçamento dos povos”, o que justificaria a comparação. Nada de muros que dividem as pessoas!
Congraçamento meus ovo. A queda do muro foi a libertação dos alemães orientais de um regime opressor, com resultados econômicos pífios. Até hoje os alemães orientais são mais pobres que os ocidentais, apesar dos esforços hercúleos de integração.
A queda do muro de Berlim deixou desorientada a esquerda no mundo inteiro. Transformar este evento em um “congraçamento dos povos” é uma forma de atenuar o seu real significado: o fracasso do socialismo como sistema econômico e de governo. Assim como dizer que o socialismo soviético não foi o “verdadeiro socialismo”, trata-se de uma forma de lidar com uma realidade muito dura, que destrói convicções longamente formadas.
O socialismo caiu com o muro, mas ainda vive nos corações e mentes de muitos.