Os dois últimos governos correram para atender as reivindicações dos caminhoneiros: tabela para o frete, financiamento do BNDES, cartão de congelamento de preço do combustível por 30 dias.
Bem, a tabela é de impossível aplicação, o financiamento esbarra no risco de se emprestar dinheiro para os caminhoneiros e o congelamento perdeu o sentido no momento em que os preços do petróleo estão caindo.
Mas resta uma reivindicação não atendida: o refinanciamento das dívidas. Aí entra essa entidade mágica chamada Caixa Econômica Federal. Ou simplesmente, “A Caixa”.
A Caixa é uma espécie de Porta da Esperança de todos os que precisam de dinheiro de alguma forma. Desde financiamentos subsidiados até cortes nas taxas de juros, a Caixa parece um manancial de dinheiro de graça para todas as necessidades.
Agora são os caminhoneiros, que esperam purificar suas dívidas nas águas mágicas da Caixa.
E querem saber? Tá certo! Se é para a Caixa agir como um banco qualquer, qual o sentido de sua existência? A Caixa só faz sentido se for para criar dinheiro fora da aporrinhação que é aprovar despesas via Orçamento Público.
Algum chato sempre vai lembrar que esse dinheiro não existe, que em algum momento terá que ser pago, de uma forma ou de outra. Basta não dar ouvidos, e acreditar que basta “vontade política”.
A Caixa nunca será privatizada.