Escreveu o que eu ia escrever mas estava com preguiça. Obrigado, Victor H M Loyola.
Me dei ao trabalho de assistir ao vídeo do ex-secretário da Cultura, Roberto Alvim, demitido hoje. Não é algo que eu faria em condições normais, mas pela intensidade dessa que foi a treta da semana, não podia deixar passar.
O que eu tenho a dizer é o seguinte: Independentemente do plágio ao discurso nazista de Goeebels, que comentarei depois, foi certamente uma das piores declarações políticas que eu já assisti, seja pela forma, seja pelo conteúdo. Um horror.
A música de fundo (do alemão Wagner, apropriada a momentos tristes, quem sabe fúnebres), o ar formal e pomposo e as referências ao ‘renascimento da arte brasileira’, de que ela deveria ser heroica e nacionalista e um sem número de bobagens escritas em um português que se pretendia rebuscado e terminou ‘oco’ fez a peça soar uma caricatura. Por momentos, achei que fosse pegadinha de programa humorístico e que a qualquer momento o pessoal do saudoso Casseta e Planeta entraria em cena.
Sobre o conteúdo, governos que definem o que é arte e cultura e posicionam-se como guias da população no assunto são…ditaduras. Simples assim.
Eu até acho que o plágio ao texto do Goebbels pode não ter sido intencional, mas nem considero esse o ponto mais grave nesse caso. Para mim, o conjunto da obra é uma aberração.
A demissão de Roberto Alvim foi acertada, mas será extremamente preocupante se o seu sucessor(a) for alguém que compartilhe das mesmas ideias.