Segundo matéria do Valor, o governador petista da Bahia e Jaques Wagner (que dispensa credenciais) anunciaram apoio à candidatura, para a prefeitura de Salvador, de uma outsider, que nem filiada ao partido é. O diretório municipal entrou em ebulição. A pré-candidata é mulher e negra, credenciais importantes nos dias que correm. Mas tem um passivo intransponível, segundo os dirigentes locais: é major da PM. Apesar de comandar a Ronda Maria da Penha, que combate a violência contra a mulher, a major não conseguiria se livrar da “imagem negativa” da PM junto à população mais pobre, e teria dificuldade de obter apoio dos “movimentos sociais”.
Corte rápido para uma notinha hoje no Estadão (abaixo), dando conta de que pesquisas estão captando a força do apoio de Bolsonaro no Nordeste, e que líderes de esquerda estariam preocupados com essa tendência.
Rui Costa, Jaques Wagner e, obviamente, Lula, sabem para onde sopram os ventos. Uma candidata PM é claramente uma tentativa de neutralizar o avanço de Bolsonaro em seu território. Aparentemente, o povo pobre não tem assim tantas críticas à atuação da PM como supõem os movimentos sociais em suas bolhas. Pelo menos, é isso o que pensa quem entende de política dentro do partido.