O impacto das medidas de isolamento social serão terríveis para a atividade econômica. Isso já sabemos. Mas quão terríveis?
Os primeiros chutes dos economistas do mercado financeiro indicam perdas do PIB neste ano que vão de -1% a -4%. Sem dúvida, uma grande desaceleração.
Fiquei tentando lembrar da última vez que isso aconteceu. Não foi difícil. Isso aconteceu recentemente. Não uma vez, mas duas.
Nos anos de 2015 e 2016, o PIB brasileiro recuou entre 3,5% e 4,0%. Sim, não um ano, mas dois anos seguidos. Foi o efeito do Dilmavírus.
Claro que hoje a coisa assusta mais, pois é um grande impacto no curtíssimo prazo, dando uma sensação muito ruim, como se estivéssemos em um carro que brecasse violentamente.
Além disso, não quero passar a impressão de menosprezar os efeitos deletérios da desaceleração que enfrentaremos. Serão meses bem sofridos. A comparação com um período péssimo não torna melhor um período ruim.
Mas, olhando em perspectiva, conseguimos, aos trancos e barrancos, sair daquele buraco. Sequelas ficaram, como o grande desemprego que ainda assola o país. Mas vamos caminhando.
Conseguiremos sair deste buraco também. Se sobrevivemos ao Dilmavírus, o coronavírus é fichinha.