“Fica, Petrobras!”
Essa é a campanha que alguns Estados estão patrocinando junto ao Congresso, com o objetivo de forçar a Petrobras a manter ativos nesses Estados, com vistas a manter empregos e arrecadação.
O diretor de Relações Institucionais da empresa, por outro lado, afirma que a “lógica econômica” impõe a venda desses ativos.
Desculpe-me o diretor de RI da Petrobras, mas ele está errado. A única ação que verdadeiramente obedeceria a lógica econômica seria a privatização da Petrobras. Qualquer outra ação da empresa sofre desse vício de origem.
Qual a lógica econômica de o Estado assumir risco empresarial? Aplicar o dinheiro do contribuinte em bolsa? Uma estatal só justifica a sua existência por motivos estratégicos do Estado e para servir de “orçamento paralelo” ao do governo. A Petrobras nasceu da campanha “O Petróleo é Nosso”, uma razão estratégica muito importante há 70 anos. Ainda vale hoje? Isso mereceria um outro post.
Mas é como “orçamento paralelo” que a “nossa Petrobras” é defendida hoje. A empresa fornece investimentos, empregos, arrecadação. Esses objetivos são muito mais relevantes que a lógica de mercado. Se o governo tiver que capitalizar a Petrobras que o faça. Essa é a “lógica econômica” de uma estatal.
Em resumo: se não for para privatizar a empresa, qualquer outra discussão é ociosa.