Bolsonaro não apontou Sérgio Moro para o STF porque o ex-juiz não seria “leal às nossas causas”.
Fiquei curioso: que “causas” seriam essas?
As mais óbvias seriam a pauta de costumes e ideológica. Mas as principais lideranças evangélicas não se reconheceram na indicação. Então, não parece que sejam essas “as causas”.
As “nossas causas” poderiam ser, então, econômicas. O indicado seria um magistrado “terrivelmente liberal”. No entanto, não vimos o mercado soltando fogos, como seria o caso, por exemplo, se a indicação fosse do ex-presidente do TST, Ives Gandra.
Resta, então, a causa da luta contra a corrupção de alto coturno. Mas não, Kakai elogiou a indicação do conterrâneo de Ciro Nogueira. Não parece ser especialmente alvissareiro para esta causa.
Resta, então, a causa da Tubaína. As “nossas causas” se resumem a compartilhar um copo de Tubaína com o presidente. O ministro-tubaína saberá defender as “nossas causas” no momento certo.