“Açodamento” é uma palavra chave no debate parlamentar. É como o “clinche” no boxe: o pugilista que está apanhando se agarra no adversário para interromper a luta e tomar um ar. No parlamento, quando os partidos da minoria percebem que a vaca está indo para o brejo, acusam o processo de “açodado” e pedem mais “debates com a sociedade”. Como se os parlamentares não fossem representantes da sociedade em uma democracia representativa.
Por isso me espantou que um grupo de entidades do campo, digamos, “progressista”, esteja acusando de “açodado” o processo de substituição da Lei de Segurança Nacional.
Há menos de duas semanas, um outro grupo de entidades, ligadas a partidos do mesmo campo ideológico, pedia o fim rápido da LSN. Segundo Mercadante, presidente da fundação Perseu Abramo, do PT, “o importante é que seja feito logo”.
Agora, provavelmente vendo que a nova lei está indo para uma direção que não lhes agrada, essas entidades perguntam “pra quê a preeeeeessssaaaa”?
É o que sempre digo: cuidado com seus desejos, eles podem se realizar.