“Estou aguardando o povo dar uma sinalização”. Para quê? “Para tomar providência”. O que quer que isso signifique.
Temos, na história do Brasil, dois presidentes que pediram sinalização para o povo.
O primeiro foi Jânio Quadros. Renunciou, esperando que o “povo” o reconduzisse em triunfo para o Palácio do Planalto. Os brasileiros receberam a renúncia com frieza.
O segundo foi Collor. Pediu que o “povo” usasse verde e amarelo em seu apoio. Os brasileiros usaram preto.
Por outro lado, quando os brasileiros realmente foram para as ruas, a “sinalização” não foi nada boa para os governantes de plantão.
Em 1964, o povo na rua sinalizou que não queria mais Jango.
Em 1984, o povo na rua sinalizou que não queria mais a ditadura militar.
Em 1992, o povo na rua sinalizou que não queria mais Collor.
Em 2016, o povo na rua sinalizou que não queria mais Dilma.
Pedir “sinalização” para o povo é sinal de fraqueza, não de força. E os tubarões sentem cheiro de sangue na água de longe.