Fernando Morais acaba de lançar o primeiro volume de uma biografia de Lula. Do autor, li a excelente biografia de Assis Chateaubriand. Deve ser um livro bem escrito.
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Lembro de uma entrevista de Fernando Morais na rádio CBN há muitos anos. Perguntado sobre seu apoio ao regime cubano, o autor disse mais ou menos o seguinte: “no aeroporto de Havana há um grande mural onde se lê: há milhões de crianças dormindo nas ruas pelo mundo. Nenhuma delas em Cuba”. Trata-se de um autor com lado.
Mas não é sobre o livro ou o seu autor que quero falar. Gostaria de destacar a resenha em si, do jornalista Marcelo Godoy. Ao invés de simplesmente fazer um resumo do livro ou de analisar seus méritos literários, o jornalista chama a atenção para a óbvia militância política por trás da pretensa “obra isenta”. O último parágrafo, destacado abaixo, resume os argumentos. A desculpa do autor, de que não quer interferir no debate eleitoral, acrescenta o insulto à injúria.
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Fica aqui meus parabéns ao jornalista Marcelo Godoy, que não se deixou levar pelas auras do autor e do biografado e mandou a real sobre o verdadeiro objetivo dessa “biografia”. Que deveria, para sermos corretos, ser mais precisamente classificada como hagiografia.