A confiança nas mídias

A pesquisa CNT/MDA, além da corrida eleitoral, trás um levantamento interessante sobre a confiabilidade dos diversos meios de comunicação.

A pergunta foi a seguinte: “qual o seu grau de confiança nas informações via…” e então citava 5 meios diferentes: telejornais, portais de notícias (tipo UOL), jornais impressos, blogs de notícias e mensagens de aplicativos (tipo WhatsApp). A resposta poderia ser uma das seguintes: confia sempre / confia na maioria das vezes / confia poucas vezes / não confia / não usa o meio de comunicação.

Somei as respostas “não confia” com “confia pouco” de cada um dos meios, normalizando pelo número de pessoas que efetivamente usam aquele meio. Ou seja, dos que usam, quantos não confiam. O resultado vai no gráfico abaixo.

Três coisas me chamaram a atenção:

1) o grau de desconfiança generalizado em relação às informações divulgadas, seja qual for o meio. Os meios editoriais levam ligeira vantagem mas, mesmo assim, contam com a desconfiança de 2/3 dos seus usuários.

2) a vantagem, mesmo que seja na margem, dos meios editoriais sobre os não editoriais. “Sair no jornal” ainda funciona como um selo de qualidade da informação para uma parte da população. Essa parte não é grande, mas existe.

3) apenas 1/4 dos leitores de mensagem de WhatsApp confiam naquilo que recebem.

Acho que os ministros do TSE fariam bem em observar essa pesquisa, para deixarem de tratar o brasileiro como menor de idade que precisa ser tutelado, senão engole qualquer coisa que lhe mandam. Talvez deixassem de perder tempo com teorias conspiratórias.

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