A anti-política

Este mimo de comentário foi feito no meu post sobre o Rodrigo Constantino.

De maneira geral, as discussões aqui na minha página se dão em alto nível, mesmo havendo discordâncias sérias e um certo calor na argumentação. O problema é quando a coisa descamba para o ataque pessoal.

Ser chamado de “esquerdopata” é até engraçado. Nunca fiz uma estatística, mas estimo que uns 3/4 dos meus posts sejam contra o PT. Aliás, provavelmente por isso, o cidadão abaixo pediu para ser meu “amigo” aqui no FB. Em um raro momento em que deixei meu coração bom e generoso dominar meu cérebro frio e calculista, aceitei. Errei, como se vê, mas o “amigo” já se encarregou de consertar o meu erro.

Ser chamado de “judeu”, por outro lado, não é nada engraçado. Não porque seja uma ofensa, muito pelo contrário, tenho muito orgulho de minhas origens. Mas por ter sido usado pretendendo ser uma ofensa, em uma clara demonstração de anti-semitismo, sentimento que pensei estar extinto no Brasil. A palavra diz mais sobre quem a pronunciou do que sobre quem a ouviu.

Não sou daqueles que tomam o todo pela parte. O fato deste sujeito ser bolsonarista fanático não tornam anti-semitas todos os bolsonaristas. A imbecilidade, infelizmente, não tem cor partidária.

Tenho muitos e bons amigos que defendem o voto em Bolsonaro, assim como tenho muitos e bons amigos que defendem o voto no PT. A política é o espaço onde se discute como diferentes visões de mundo conviverão em uma mesma arena. Este senhor representa a anti-política, aquela que não discute com o adversário, apenas o silencia, na impossibilidade de eliminá-lo.

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