Se o jogo seguisse 0 x 0 até o fim, amarrado, sem graça, e tivéssemos perdido nos pênaltis, estaríamos chateados, mas conformados com a nossa incompetência.
Mas a forma com que perdemos esse jogo foi cruel, uma brincadeira de mal gosto do destino. Neymar fez um golaço, tabelando duas vezes e driblando o goleiro. Foi um gol do desafogo, do alívio, da classificação. Um lampejo de gênio e um gol que lembrou porque a seleção brasileira é temida.
O gol da Croácia, um acidente de trabalho mais do que qualquer outra coisa, veio como o final inesperado de um filme que já se encaminhava para o desfecho óbvio e desejado pelo público. Um pouco como Hunphrey Bogart deixando Ingrid Bergman ir embora no final de Casablanca.
O futebol é isso.