Para ter chegado à pauta de um jornal, é que a coisa tomou alguma proporção. No caso, pais e mães que se metem na vida escolar dos filhos na faculdade. É de cair o bu da cunda.
Isso me faz lembrar uma vez em que estávamos em processo de contratação de um estagiário, e uma mãe nos ligou para saber se o seu filho seria contratado. Não há limites para país superprotetores.
A reportagem repete, em mais de um trecho, a avaliação de que esta geração suporta menos as adversidades. Pudera! Com país que tiram satisfação da faculdade pelas notas dos filhos, não há que esperar outra coisa.
Costumo dizer que a vida é uma mar de adversidades pontilhada com algumas ilhas de satisfação. Se os pais e mães mantém seus filhos presos nessas pequenas ilhas de satisfação, evitando a todo custo que sofram as consequências de seus atos, eles vão ficar presos nesse mundinho e cada vez mais insatisfeitos. Nunca experimentarão o gosto de ter vencido a adversidade, que é o que dá o sal da vida.