Enquanto o presidente se perde em declarações megalomaníacas sobre um seu suposto poder de coordenação para alcançar um cessar-fogo em Gaza, a realidade nua e crua é que o governo brasileiro não consegue sequer fazer o mínimo, que é retirar os nacionais da zona de conflito. São 34 compatriotas que aguardam sua vez de passar pela fronteira com o Egito, e que já foram preteridos por cidadãos dos EUA, México, Coreia do Sul, Itália, Suíça, Grécia e um sem fim de outras nacionalidades. Este é o tamanho da banana que o Hamas e os egípcios estão mandando para o ex-futuro Nobel da Paz.
Se eu sou jornalista, no próximo café da manhã com o presidente eu perguntaria se ele ligou para os “amigos do Hamas” para pedir o cessar-fogo, e quantas pessoas com asma foram salvas com isso. Quanto aos brasileiros em Gaza, a julgar pelas falas do presidente e os resultados alcançados até aqui, nunca foram uma prioridade.