Nada de teorias mirabolantes. Nada de técnicas pedagógicas revolucionárias, adotadas em países como a Finlândia. O problema do ensino público brasileiro é muito mais básico, segundo o diretor do Bandeirantes: os professores simplesmente não trabalham.
Segundo Mauro Aguiar, os professores da rede pública faltam ao trabalho sem justificativa e são promovidos por critérios sem relação com seu desempenho em sala de aula. E eu acrescentaria: se aposentam com 50 anos de idade, e absorvem mais da metade da folha de pagamento do Estado depois de aposentados, condição em que se manterão mais tempo do que na ativa, considerando a expectativa de vida do brasileiro.
É lugar comum dizer que o investimento no professor é chave para melhorar a educação. No entanto, como investir no professor se os critérios são injustos para com aqueles que trabalham e grande parte da folha é usada para pagar inativos?
Como qualquer reforma que vise mudar esse estado de coisas é recebida com paus e pedras pelos sindicatos da catchiguria, muitas vezes sendo apoiados por “estudantes conscientizados” dispostos a sair às ruas para defender “nenhum direito a menos”, infelizmente estaremos discutindo esse mesmo assunto no PISA 2050.