“Tributação digital”.
Já vi muitos apoiadores incondicionais do governo dizendo que não se trata de CPMF, mas de um “tributo digital”. Bolsonaro confirma.
Só que até agora ninguém explicou o que seria esse tal de “imposto digital”.
Pode ser um imposto exclusivamente sobre o faturamento de empresas digitais. Pouco provável, dado que a base seria muito pequena para fazer alguma diferença.
Mais provável ser um imposto sobre “transações digitais”, qualquer uma que se desse através de um computador. Bem, nesse caso, estamos falando exatamente da CPMF, pois não existe hoje transação que não passe por um computador, a não ser que seja escambo ou lavagem de dinheiro. E, mesmo nesse caso, seria tributado quando o dinheiro reentrasse no sistema.
Enfim, há aqui uma tentativa tosca de menosprezar a inteligência alheia. Lamento informar que a tentativa não funcionou.