A Eletrobras precisa ser privatizada porque seu principal acionista, a União, não tem dinheiro para capitaliza-la. A capitalização da empresa é necessária para que investimentos em geração de energia sejam feitos. Se esses investimentos não forem feitos, as regiões atendidas pela empresa correm o risco de ficar sem energia no futuro.
Conforme matéria de hoje no Valor, há resistência dos senadores do Norte/Nordeste à privatização. Não fica claro o motivo na reportagem, mas nem precisa, não é?
Então, minha sugestão é a seguinte: dividir a Eletrobras em duas empresas, uma que atende o Norte/Nordeste e outra para atender o restante do país. Esta última seria privatizada, enquanto a primeira poderia continuar como a “estatal de estimação” dos políticos da região, que poderiam continuar indicando apadrinhados para cargos na estatal e sugando recursos da empresa para seus projetos políticos. Lá na frente, quando faltar energia no Norte/Nordeste, eles que se expliquem para seus eleitores.